6 novembre 2009

O futebol e a comida italiana!



Os brasileiros que moram na Italia gostam da nossa comida. Os jogadores de futebol brasileiros que jogam e moram na Italia gostam demais da nossa comida. O resultado: engordam pra caramba!
O culpado disso tudo é a comida, fazer o que! É impossivel resistir, até para eles, a aquele cheiro bom de comida italiana, embora sejam profissionistas acostumados a resistir as tentações. Com isso não quero dizer que a comida do Brasil é ruim, aliais é gostosa que só: ainda lembro entusiasmado aquele churrasco delicioso que comí na Toca do Cajú em João Pessoa ou aquela picanha maravilhosa do
restaurante Panela Cheia em Carpina-PE.
Um brasileiro conhece muito bem a própria comida e sabe a quantidade certa que pode comer. O problema é que o Brasil fica muito longe da Italia e aqui os jogadores de fora tem que se acostumar a comer os nossos pratos e tomar o nosso vinho.
O perigo maior, para eles, é a nossa "pasta". Não, se preocupe não! Não somos um povo doido que gosta de comer creme dental! "Pasta" em italiano quer dizer macarrão. A primeira vista o macarrão engana. No Brasil o macarrão se come principalmente juntos a carne e a quantitade não é muita, considerando que no mesmo prato tem que caber também feijão e um pouco de arroz. Aqui a gente come um prato cheio de macarrão logo no començo do almoço ou do jantar; so depois pode començar comer carne ou outras coisas.
Quando na Italia, ao final, chega o tanto desejado meia brasileiro. contratado por um club muito importante, començam as dificultades. Ele è magrinho, baixo mas tem um físico perfeito para quem quer demonstrar todo seu valor na Italia. O cara chega muito desorientado depois de uma viagem longa e cansativa. Já a primeira noite tem que encarar uma escolha muito difícil: tentar preparar a comida em casa, sozinho, correndo o risgo de morrer de fome ou descer na rua rumo ao restaurante aconselhado pelo novo time. Se trata de um lugar muito chic onde a comida é boa demais. Aí cara, faça uma pergunta mais fácil, por favor!
No momento em que ele entra no restaurante, logo depois de ter passado a porta, não deixam nem o jogador sentar, que já tem as
duas mãos ocupadas. Numa mão um copo de “spritz” ( Aperol mais chamapgne ) e na outra um pedaço de "schiacciata" ( pão salgado muito baixo ) recheio de presunto com creme de cogumelos. Ainda não sentou na mesa, mas ja comeu bastante. Quando o garçom leva ele até a aqela mesa, que cada noite esta reservada para os jogadores do time, ele já tem comido pelo menos três pedaços daquela schiacciata italiana muito gostosa.
Faz poucas horas que està na Italia, não fala nehuma palavra do
nosso antigo italiano e, por isso, deixa que o garçom faça o pedido para ele. Vejo difícil ele poder comer pior do que se tivesse ficado só em casa. Na cabeça dele imagina o que pode ter para comer, mas não se preocupa. Està somente um pouco curioso. A espera termina logo, que atras da porta da cozinha já vem o garçom com um prato cheio de quatros variedades de “crostini” ( fatias pequenas de pão cortadas redondinhas com em cima vários tipos de molhos ).
Nem um momennto de trégua que já chega o primeiro prato. Mas ainda serà uma longa noite sentado na mesa daquele restaurante. Segundo a melhor tradição italiana, se trata de spaghetti ao molho de ragù
( bolonhesa ). O prato està parecendo o pão de açúcar de Rio por causa da montanha de macarrão que colocaram. Tem que comer tudinho, não devem pensar que não gostou. A comida està boa demais e termina tudo sem problemas. O problema poderìa aparecer no momento que não pudesse terminar de comer o que estão trazendo por segundo. Enquanto vira um momento a cabeça para ver um jogo que està passando na tv, logo chega uma bandeja cheia de carne de “cinghiale” ( javali ) cozido. O coitado nem imagina o que esta comendo, porque se ele apenas pudesse imaginar o tipo de carne, pensarìa que povo besta é esse que come um animal como o javali? Juntos com a carne vem um meio quilo de croquetes de
batata frita. A barriga do jogador està perto de explodir. Termina tudinho sem reclamar.
Quando pensa que o jantar acabou e tenta se levantar da cadeira, chega o dono do restaurante querendo tirar fotos com ele e lhe oferecerendo uma sobremesa inesquecivel. Depois de ter inchado o bucho com um bolo gelado de profiterol ( bolinhas de chocolate com recheio de creme ) vê que na sua mesa estão duas garrafas de licores. Chegou a vez de experimentar o “limoncello” ( licor feito com
suco de limão mais àlcool puro ) e a grappa ( a nossa cachaça ). Para ter a certeza que o pobre coitado brasileiro não se esqueça de tomar todos os dois licores, senta na mesa com ele até o dono do restaurante.
Chega a hora de se despedir e voltar para casa. O nosso campeão nem consegue mais andar direito: no lugar de caminhar ele rola feito uma bola. Será que amanha vai conseguir jogar? Vai sim, nada pode atrapalhar o destino do nosso jogador. Meio bêbado chega a casa, senta no sofá e já imagina
come será a sua temporada: a consacraçao definitiva da sua carreira profissional. Terá reconhecimentos internacionais e levará seu novo time a conquista do título italiano. De repente uma preocupação surge na sua cabeça: será que cada dia tem comer muito assim na
Italia!? Porque se for assim mesmo, alem de se treinar no campo marcando goles, deverìa aprender a se defender fora do jogo: em particular quando for comer no restaurante devendo encarar o garçom que quer trazer de tudo!


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